quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O Jardim

Consideremos o jardim, mundo de pequenas coisas,
calhaus, pétalas, folhas, dedos, línguas, sementes.
Sequências de convergências e divergências,
ordem e dispersões, transparência de estruturas,
pausas de areia e de água, fábulas minúsculas.

Geometria que respira errante e ritmada,
varandas verdes, direcções de primavera,
ramos em que se regressa ao espaço azul,
curvas vagarosas, pulsações de uma ordem
composta pelo vento em sinuosas palmas.

Um murmúrio de omissões, um cântico do ócio.
Eu vou contigo, voz silenciosa, voz serena.
Sou uma pequena folha na felicidade do ar.
Durmo desperto, sigo estes meandros volúveis.
É aqui, é aqui que se renova a luz.

António Ramos Rosa, in "Volante Verde"

Jardim desperto; desperta-me.




A Escola de Santo António, após vários anos em que não teve qualquer melhoria das suas instalações, apresenta agora um jardim. Com a grande ajuda da Junta de Freguesia e a Associação de Pais, foi colocada relva na fachada da frente da escola, ganhando esta um espaço de jardim que muito a embelezou. Pretende-se ainda este ano melhorar os canteiros, também do já referido jardim, uma horta e um pomar. Esta Escola apresenta muito boas condições para que se criem espaços de cultivo e recreação ao ar livre, facto que estamos a tentar aproveitar.
Cada vez mais os alunos passam mais tempo dentro das suas casas e escolas, e só a palavra jardim já dá uma frescura e liberdade que cada vez menos gozam, quanto mais um jardim, verde, vivo e perfumado.